O trash que virou cult
A história do considerado, pior diretor de cinema, estampada nas telas por Tim Burton
Nathalia
Cavalcante
Divertida
e singular! Essa é a trajetória de Ed Wood. O cineasta, que recebeu da crítica
a nomeação de pior diretor, intitula o filme, de 1994, de Tim Burton. Estrelado
por Johnny Depp, no papel do diretor de cinema que acreditava em seu talento, o
enredo apresenta a busca de Wood pelo reconhecimento. Para creditar a época, da
década de 1950, em que se passa a ação, Burton optou pelo preto e branco, na
mesma sintonia do verdadeiro Wood.
Antes
de acreditar em sua competência, a personagem revela a sua admiração pela arte.
A princípio, o teatro foi o escolhido, mas o cinema fisgou o aspirante a
diretor. As falhas não eram levadas em consideração. Para ele, tudo estava
perfeito! Um take era o bastante.
A primeira experiência foi em
Glen ou Glenda? A história de um homem que gostava de se vestir com roupas
femininas. O roteiro do próprio Ed Wood, na verdade era um auto-retrato. Ele e
sua esposa, interpretada por Sarah Jessica Parker, atuaram no filme. O protagonista ficou por conta do próprio diretor,
à vontade no papel. O enredo confuso resgata Bela Lugosi do esquecimento,
considerado morto por muitos, o ator húngaro, que interpretou o Conde Drácula,
em 1931, firmou parceria com o novo amigo.
Essa
primeira iniciativa repercutiu entre risos e desprezo. Mas, a história de Ed
Wood nos estúdios, estava começando, apenas. Desistir, jamais. Com isso, nasce,
por acaso, A Noiva do Átomo, novamente sem nexo. Posteriormente, recebe o
título, A Noiva do Monstro, assim melhor denominado pelos distribuidores conquistados
por Wood. Mesmo assim, a recepção não foi das melhores. Daí veio a derradeira
história: Plano 9 para o Espaço Sideral. Dessa vez, naves espaciais ganham
espaço no roteiro do diretor.