sábado, 14 de dezembro de 2013

Moça com brinco de pérola

    Nathalia Cavalcante

   A obra intitulada “Moça com brinco de pérola”, dá vida, em 2003, ao longa-metragem de Peter Webber. O enredo se passa, em 1665, ano em que Johannes Jan Veermer produz a tela, em Delft, Holanda. O diretor revela, com intensidade, o comportamento de Veermer diante da repulsa à crise encabeçada por sua sogra, Maria Thins (Judy Parfitt). O artista possuía uma maneira própria de trabalho, por isso, raramente, iniciava uma obra na sequência do término de outra.
Moça com copo de vinho
    Entre as demais obras apresentadas no filme, destacam-se: “Moça com copo de vinho” (1659-1660) e “Mulher com colar de pérolas” (1664), representam, respectivamente, a amante e a esposa de Pieter Van Ruijen (Tom Wilkinson), patrono de Veermer (Colin Firth). No enredo é apresentado o processo criativo da obra “Jovem com uma jarra de água” (1662). Neste momento, o protagonista revela sua técnica à jovem empregada, Griet (Sca
Mulher com colar de pérolas
rlett Johansson), e a forma como recria a luz e sombra em suas telas.
    Para o artista era relevante compreender as sinuosidades entre as cores. Na obra cinematográfica, o protagonista, identifica essa questão em torno das nuvens. Griet encontra cores onde o senso comum credita somente o branco. O enredo conduz o espectador na descoberta de G
Jovem com jarra de água
riet à arte de Veermer. Para isso, o diretor adotou uma fotografia clara, repleta de luz, conforme a obra do artista em discussão. Webber adotou a trilha sonora semelhante à do período artístico, além disso, o figurino e cenários reproduzem a época do século XVII.
    O longa-metragem, de 95 minutos, revela de modo sutil a delicadeza da obra do artista que explorava em suas telas situações do cotidiano.  A narrativa empregada demonstra o trajeto da obra desde o tempo artístico, no que diz respeito à pausa entre uma obra e outra, passando pela transformação da tela em traços e cores, até a recepção de quem havia encomendado a obra. 

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